O Movimento Internacional dos Atingidos pela Vale denunciou a mineradora por violar os direitos humanos, destruir o meio ambiente, além de cometer outros abusos na maior parte dos 30 países onde atua. A acusação foi feita num dossiê entregue à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA).
A economista Karina Kato, integrante do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul, responsável pela coleta dos depoimentos e formatação do documento, explica que os organismos internacionais foram acionados devido à semelhança dos casos.
“Todos os casos, seja na Indonésia, no norte do Brasil e em Minas Gerais, tem traços muito semelhantes de violação dos direitos humanos, da destruição do meio ambiente e da vida dessas pessoas. Tanto das populações impactadas porque vivem no entorno das obras, quanto dos trabalhadores das minas e das indústrias.”
Segundo Kato, apesar das irregularidades e violações de direitos, a Vale consegue manter uma falsa imagem de sustentabilidade.
“Ela tem um investimento muito grande nas atividades de marketing, que se maquiam em responsabilidade social. Ao mesmo tempo, todas as denúncias que esses grupos vêm sofrendo, tem pouco espaço na mídia. Mesmo porque a própria Vale financia muitos desses veículos. Então, é construída uma imagem que não corresponde à realidade.”
Antes de ser protocolado, o dossiê foi apresentado na Assembléia Geral dos Acionistas da Vale. Para não ser barrado, o movimento arrecadou cerca de R$ 600 para comprar um pequeno número de ações e poder participar da assembléia.
(Fonte: Rádio Agência NP)
sexta-feira, 30 de abril de 2010
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