terça-feira, 6 de julho de 2010

Como folhas de outono

O prefeito Maurino Magalhães diz sempre por aí que firmou um compromisso com Deus de que aonde ele for, vai sempre falar no nome de Deus e começará seus discursos dizendo que “Não cai uma folha de uma árvore sem a permissão de Deus”.
Esqueceu-se, porém, o gestor de firmar outro compromisso, o de zelar para que seus irmãos que trabalham na prefeitura não sejam importunados pela “mortandade que assola ao meio-dia”.
Esqueceu-se também de ler I João, Cap. 4, Vers. 20, onde está escrito: “Se alguém diz: eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem nunca viu.”
O que o prefeito fez, ao cortar o ponto dos servidores em greve, foi um ato insano e ditatorial, que não levou em conta o fato de que está privando de alimentos aqueles trabalhadores que querem apenas melhorar suas condições de vida.
O mais interessante de tudo é que a Justiça não julgou a greve como abusiva ainda, de modo que o gestor não tinha o direito de cortar o salário dos servidores.
Como se vê, a popularidade e o bom senso do prefeito da “folha caída” estão despencando, como folhas de outono.
(Desculpem o atraso)