quarta-feira, 14 de abril de 2010

Carajás: Plebiscito deve acontecer em 2011

Brasília – Mais um passo para a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (14) o regime de urgência dos projetos de decreto legislativo que autorizam a realização do plebiscito, oportunidade em que a população paraense decidirá, nas urnas, se quer ou não a emancipação político-administrativa dos dois novos Estados.
O regime de urgência derruba as manobras procrastinatórias dos deputados Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) e Zé Geraldo (PT-PA), manobrando regimentalmente para que o soberano Plenário da Casa votasse a matéria, num ato contra a Constituição Federal a qual juraram obedecer.
O PDC do Carajás, de autoria do deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), apensada ao PDS aprovado pelo Senado, no final do ano passado. A matéria continuará sendo negociada com os líderes partidários, porém, o deputado Giovanni Queiroz disse que voltará a visitar, pessoalmente, cada um dos parlamentares. (Val-André Mutran)

Quórum de votação do Carajás
Sim: 261
Não: 53
Abstenções: 14
Total de votos: 328

Carajás: Começou a pressão

Políticos separatistas - os nossos e os do nordeste paraense - estão neste momento em Brasília (DF) pressionando a Câmara dos Deputados a aprovar a realização do plebiscito para criação do Estado de Carajás.
Eu sou até meio temeroso de me posicionar em relação a este assunto porque tenho medo de ser mal interpretado, mas vamos lá:
1) É lógico que a elite belenense é arrogante, nos trata como se fôssemos inferiores e isso logicamente fortalece mais o nosso desejo de criar nosso Estado;
2) Vivemos longe dos investimentos, sem infraestrutura, sáude, educação, embora sejamos economicamente importantes para o Estado;
3) Mas o que me deixa temeroso em relação ao Carajás é o fato de que muitos dos políticos que estão diretamente engajados nessa luta não gozam de minha confiança. A maioria é defensora do agronegócio e nunca fez nada pela distribuição de renda nesta região.
4) Embora eu aunda alimente a ideia de criar um novo Estado, independente de Belém, tenho medo de que o Carajás se tranforme num feudo e as desigualdades hoje tão combatidas acabem se acentuando.
Vamor ver no que vai dar.