segunda-feira, 22 de março de 2010

Resquícios da ditadura

Pois é, em outubro do ano passado, o Grupo de Trabalho Tocantins aportou na nossa região com uma megaestrutura dotada de equipamentos de última geração na tentativa de localizar restos mortais de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia e... nada.

Nem sinal de ossadas ou outro indicativo de restos mortais foi encontrado.

Agora, parentes de desaparecidos, sem nenhum recurso tecnológico e valendo-se apenas do diálogo com a comunidade local conseguiram encontrar restos mortais que podem ser do guerrilheiro Antônio Teodoro de Castro, o “Raul”.

Para mim esse acontecimento prova duas coisas, pelo menos: que o tal grupo de trabalho não tinha lá tanto interesse assim em encontrar os desaparecidos; e que a comunidade local também não quis colaborar com os trabalhos da época, obviamente por medo de abrir o bico, o que é perfeitamente compreensível, afinal nos tempos da guerrilha, quando o país vivia sob o domínio do regime militar, quem falava demais acaba lançado a ferros.

O regime militar – pelo menos para mim – foi tão traumático que até hoje muita gente tem medo a ponto de achar que ainda vive sob as leis da mordaça que tanto mal fizeram ao nosso País.Viva a liberdade! viva a democracia! viva ao estado democrático de direito! ainda que ele seja capenga, como o nosso.

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